A portaria 304, do Ministério da Agricultura, publicada em abril de 1996, determina que a partir daquela data os estabelecimentos de abate, somente poderiam entregar carnes e miúdos, para comercialização, com temperatura de até sete graus centígrados.
Considerando o clima da região de Jequié, que atinge temperaturas altíssimas na maior parte do ano, um processo de implementação e fiscalização atuante neste sentido foi posto em prática. Com isso, por um bom tempo, o Município tornou-se referência para outras cidades do estado, na adequação do abate, distribuição e comercialização de carne. Acontece que o que deveria ser uma melhoria paulatina deixou de ser praticada de algum tempo pra cá e a situação piorou significativamente.
Por várias edições o Novos Tempos vem denunciando a falta de uma fiscalização efetiva, neste sentido. Estudos dão conta de que aproximadamente 30% da carne consumida hoje são provenientes de abatedouros clandestinos que funcionam no meio do mato, sem nenhuma preocupação com higiene e, muito menos, sem transporte adequado e acondicionamento na temperatura determinada pela portaria 304.
Além dos riscos à saúde da população, esta situação alimenta um tipo de crime organizado que beneficia pessoas inescrupulosas em detrimento de produtores e comerciantes que pagam seus impostos e seguem às determinações do Ministério.
Fonte: Jornal Novos Tempos
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