Sob suspeitas de favorecimento de uma empresa, menos de 24 horas após o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciar a criação de um novo plano de saúde para 12 mil servidores que exercem cargos de confiança, um movimento de protesto foi deflagrado pelos consultores legislativos e do orçamento da Casa. Eles querem mobilizar todos os servidores efetivos e parlamentares para revogar a medida e afirmam que, para que a Câmara não fizesse licitação, o Sindicato dos Funcionários do Legislativo (Sindilegis) fechou contrato com uma grande empresa de planos de saúde. O primeiro-secretário da Câmara, Osmar Serraglio (PMDB-PR), reforçou as pressões dos consultores. "Sou favorável ao reexame dessa decisão", afirmou. Ele se disse surpreso com a decisão de Chinaglia, fruto de negociação com o presidente do Sindilegis. Serraglio criticou o fato de o funcionário ser obrigado a se filiar ao Sindilegis para entrar no novo plano de saúde. "Ninguém pode ser obrigado a se filiar a sindicato", argumentou. O deputado revelou ainda que, ao longo do dia, recebeu várias manifestações de diretores da Câmara, irritados com a decisão da Mesa.
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