Dois estudos técnicos da Câmara dos Deputados revelam o descaso com a economia do dinheiro público. Quando se deparam com a possibilidade de gastar menos, os parlamentares preferem despejar mais dinheiro. Repousa nas gavetas da primeira-secretaria uma proposta que reduz em R$ 20 milhões por ano a despesa com o adicional de especialização. A solução seria simples: cortaria-se quase pela metade o valor pago aos diretores sem titulação acadêmica, a chamada “bolsa-chefia”, que fazia parte do benefício. Em vez dos R$ 4,7 milhões mensais, os gastos ficariam em R$ 3 milhões. Em reunião na semana passada, a Mesa Diretora ignorou o texto. Pressionada pelo Sindicato dos Servidores Legislativos (Sindilegis), optou pelo maior valor, que equipara a ajuda extra dos chefes à de quem passou pela sala de aula. A Mesa só recuou e anulou qualquer pagamento na última terça-feira depois do desgaste sofrido e da ameaça de funcionários de entrar na Justiça para cobrar pagamentos retroativos a 2006, quando a lei do plano de carreiras deles foi criada.
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