sábado, 7 de fevereiro de 2009

DENGUE: 95 FM entrevista responsáveis do HGPV

Enfermeira a 17 anos no Hospital Geral Prado Valadares, Sônia defende o Hospital:
Segundo ela, em sua casa o "agente não quis subir num tanque de difícil acesso em sua casa". E em Jequié "não se borrifa mais a medicação na cidade" atraves do carro fumacê. Ainda citou que "outra calamidade são os acidentes com moto que vem matando e alejando muita gente".
Afirmou ainda: "Zé Simões disse que as pessoas já vão ao Prado Valadares pegar o atestado de óbito. O que ele já fez pelo Hospital???".
A enfermeira pediu ainda que "parem de falar do Hospital e procurem ajudar", pois "as pessoas precisam ter vergonha na cara e fazer a sua parte na defesa contra a dengue", "...pois correm todos para os Hospitais e depois vão para o Hospital Prado Valadares, e o HGPV que é o culpado dessas mortes?"
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Palavras do diretor do HGPV, Gilmar Vasconcelos:
"Todos os serviços estão superlotados no HGPV. No caso do óbito de Paulete, a família tomou decisões à revelia da decisão médica. A moça foi retirada para o HGPV sem a devida autorização dos médicos. Não tinha nem mesmo uma cadeira para a moça sentar no HGPV, já que estamos superlotados. Esse tipo de transferência tem que ser autorizado pela central de regulação, tendo os requisitos mínimos para uma transferência como esta. ...Não tenho dúvidas que se a menina tivese sido transferida com o mínimo de condição de transferência, e talvez ela tivesse ido a óbito sim, mas estes questionamentos não teriam sido levantados. ...Naquele momento era um momento de pico e os profissionais não tiveram condição de dar o devido atendimento".
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"Estamos em momento de guerra". Declara outro entrevistado. "É necessário uma lei que obrigue a entrada dos agentes nas casas".
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A Secretária de Saúde Stela Souza declara depois de muitos agradecimentos especiais à 95FM, Câmara de Vereadores, repórteres, TV Sudoeste, imprensa em geral: "Quanto aos casos registrados são 8 óbitos no município de Jequié que poderiam estar relacionados à dengue... são 8 casos, 2 foram descartados e 1 foi confirmado como caso de dengue, e temos 5 ainda sob investigação. Esta é a verdade, esta é a realidade." "...Quando se diz que morreu de febre emorrágica, é muito complicado dizer que foi dengue, pois tem todo um processo de análise antes de confirmar" completou ela.
"Nós temos até 60 dias pra fechar qualquer caso conforme a legislação", conclui, "temos uma vantagem no município de Jequié, pois quem faz o exame de sorologia são os laboratório públicos credenciados para isto. Graças ao PIEJ temos o resultado mais rápido". "...Esperamos dentro destes oito dias a confirmação"...
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Wilson Novaes complementa: "Eu tive dengue e quando fiz o tratamento de sorologia no PIEJ, foi constatado uma virologia...".
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Fala a secretária finaliza: "São 3.174 notificações relacionadas à dengue sendo de 1º de janeiro até ontem às 12h00min. As notificações são investigadas por enfermeiros e profissionais que visitam o paciente em sua casa e só depois são confirmadas ou descartadas. No seu caso foi descartada por considerar-se virose ou outra edemia". Só deviam ter explicado como 3.174 pascientes são visitados por enfermeiros profissionais para se fazer as devidas analises para a finalização do processo. Qual o critério mesmo de coleta de dados, já que seriam necessários centenas de profissionais para dar conta de tantas notificações.
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Neste momento a ouvinte Marilda fala por telefone:
"Eu moro aqui próximo à Padaria Polivalente a 12 anos e nunca ninguém colou remédio no meu tanque. Meu esposo sobe no tanque e os agentes não conseguem? Como podem dizer que é de difícil acesso?" indagou. "Propus que eles viessem num horário que meu esposo estivesse em casa e propus que preparassem o produto e ele colocaria o remédio. Eles disseram que não pode ser feito assim. Perguntei sobre uma escada que a secretaria podia ter e fui informada que não tinha este tipo de equipamento", complementa. Assim a coisa fica difícil.
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Graças ao estado de emergência as portas se abriram para resolver o problema conforme a Secretária de Saúde Stela Souza que informou "estar solicitanto do prefeito Luiz Amaral esta assinatura desde o início do mandato. Iniciaram-se assim, as ações contra a dengue. O helicóptero da PM foi convocado para sobrevoar a cidade. Três carros fumacê vão borrifar os bairros do Joaquim Romão entre outros bairros, e o conselho é que abram as portas e janelas e protejam os animais de estimação e crianças menores de 6 anos. Foram adquiridas telas para cobrir tanques abertos e os recrutas do Tiro de Guerra foram convocados para ajudar no trabalho. Outras ações estão sendo feitas assim como limpeza de praças, leitos, lixões, terrenos baldios, etc." Esperamos que o problema seja resolvido o mais rápido possível, e possamos voltar ao normal.

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