Dados do Banco Central revelam o que nem o mais alarmista cidadão suspeitava: os juros cobrados do brasileiro pelos bancos estão num patamar muito acima do absurdo. “Nem mesmo os agiotas cobram isso”, espantou-se um técnico do BC. A taxa mais pesada custa 25,44% ao mês, do crédito pessoal oferecido pela financeira Crefisa. Anualizada, ela equivale a nada menos do que 1.418%. À guisa de exemplo, se alguém tem uma emergência médica e precisa de R$ 2 mil rapidamente, o dinheiro a esse preço sairia por 12 prestações de R$ 544,68. Ou seja, no fim, o tomador pagaria R$ 6,5 mil, mais de três vezes o valor original. Os abusos também acometem os empréstimos ao consumidor. Pela Itaucred, maior taxa desse tipo de financiamento, a compra de uma TV com tela plana de 32 polegadas, avaliada em R$ 1,49 mil e paga em 12 vezes, custa R$ 2,7 mil, valor de quase duas TVs novas. Tudo por causa dos juros de 11,15% ao mês, ou 255,5% anuais.
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