Na briga PT-PMDB deflagrada depois da vitória de José Sarney (PMDB-AP) na eleição para a presidência do Senado, em fevereiro, seu adversário na disputa, senador Tião Viana (PT-AC), teve o sigilo telefônico quebrado. O extrato com o gasto do celular de Viana referente a janeiro, circulou na mão de vários senadores do PMDB antes de a operadora TIM enviá-lo ao Senado. O fato mostra de forma crua a guerra interna no Senado desde a conquista da presidência da Casa pelo PMDB. O Estado apurou que alguém autorizado foi à central da TIM, em Brasília, para obter os dados. As contas, antes de os extratos serem impressos e distribuídos, são catalogadas apenas pelo número geral do "grande cliente", que é o Senado, e por outro número que identifica os gabinetes dos parlamentares. Só depois de processadas é que as contas ganham os nomes dos senadores. Segundo um técnico de telecomunicações do Congresso, algum emissário foi à TIM e, com o número de identificação do gabinete de Viana, conseguiu que só o extrato dele fosse processado na hora.
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