Pasteurização consegue eliminar o protozoário, mas método não é obrigatório no Brasil
O protozoário causador da doença de Chagas sobrevive na polpa do açaí mal higienizado, mesmo que o produto seja congelado a -20°C. Somente a correta pasteurização - tratamento térmico que envolve aquecimento e rápido resfriamento - consegue eliminar o microrganismo. Esse é o resultado de uma pesquisa inédita liderada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A doença de chagas (tripanossomíase americana) é uma infecção causada pelo protozoário trypanosoma cruzi e transmitida pela picada do inseto barbeiro (Triatominae). Os sintomas são febre, falta de apetite e inchaço ocular. Quando a doença torna-se crônica, pode destruir a musculatura dos órgãos afetados deixando-os inchados e maiores. O diagnóstico é feito através do exame de sangue. O tratamento com medicamentos é mais eficaz na fase inicial. Na fase aguda tem a função de evitar maiores complicações dos sintomas.
A pasteurização, no entanto, não é obrigatória no Brasil. Higienizar corretamente os frutos ainda é o método mais importante de prevenção, destacam os autores do trabalho, realizado via convênio com o Ministério da Saúde. Surtos de transmissão da doença aguda transmitida por meio de alimentos, acentuados a partir da metade da década passada no Norte do País, incentivaram a realização da pesquisa.
O açaí industrializado, consumido nas grandes cidades, passa em teoria pelos processos, dizem os cientistas, e deve ser registrado no Ministério da Agricultura. A pasta informou que, apesar de a legislação nacional ainda não exigir a pasteurização, visitas de fiscais às fábricas têm demonstrado que a maioria das empresas possui máquinas para realizá-la, em razão de exigência do mercado externo.
Por causa disso, o ministério informou que "avalia a possibilidade de desenvolver estudos sobre metodologias de pasteurização" para a polpa de açaí.
Em nota, a pasta destacou que o congelamento não é medida preventiva e que o resultado do estudo é preliminar. Disse também aguardar resultados sobre testes com temperaturas mais baixas. Por fim, destacou que todos os casos de doença de Chagas por transmissão oral já registrados tiveram origem no consumo do alimento preparado artesanalmente e que até o momento não houve associação com polpas de açaí industrializado. A reportagem não conseguiu localizar representantes dos produtores de açaí. - Fonte: Portal R7
O protozoário causador da doença de Chagas sobrevive na polpa do açaí mal higienizado, mesmo que o produto seja congelado a -20°C. Somente a correta pasteurização - tratamento térmico que envolve aquecimento e rápido resfriamento - consegue eliminar o microrganismo. Esse é o resultado de uma pesquisa inédita liderada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A doença de chagas (tripanossomíase americana) é uma infecção causada pelo protozoário trypanosoma cruzi e transmitida pela picada do inseto barbeiro (Triatominae). Os sintomas são febre, falta de apetite e inchaço ocular. Quando a doença torna-se crônica, pode destruir a musculatura dos órgãos afetados deixando-os inchados e maiores. O diagnóstico é feito através do exame de sangue. O tratamento com medicamentos é mais eficaz na fase inicial. Na fase aguda tem a função de evitar maiores complicações dos sintomas.
A pasteurização, no entanto, não é obrigatória no Brasil. Higienizar corretamente os frutos ainda é o método mais importante de prevenção, destacam os autores do trabalho, realizado via convênio com o Ministério da Saúde. Surtos de transmissão da doença aguda transmitida por meio de alimentos, acentuados a partir da metade da década passada no Norte do País, incentivaram a realização da pesquisa.
O açaí industrializado, consumido nas grandes cidades, passa em teoria pelos processos, dizem os cientistas, e deve ser registrado no Ministério da Agricultura. A pasta informou que, apesar de a legislação nacional ainda não exigir a pasteurização, visitas de fiscais às fábricas têm demonstrado que a maioria das empresas possui máquinas para realizá-la, em razão de exigência do mercado externo.
Por causa disso, o ministério informou que "avalia a possibilidade de desenvolver estudos sobre metodologias de pasteurização" para a polpa de açaí.
Em nota, a pasta destacou que o congelamento não é medida preventiva e que o resultado do estudo é preliminar. Disse também aguardar resultados sobre testes com temperaturas mais baixas. Por fim, destacou que todos os casos de doença de Chagas por transmissão oral já registrados tiveram origem no consumo do alimento preparado artesanalmente e que até o momento não houve associação com polpas de açaí industrializado. A reportagem não conseguiu localizar representantes dos produtores de açaí. - Fonte: Portal R7
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