O funcionamento efetivo e sincronizado dos serviços do Hospital Geral Prado Valadares (HGPV) em Jequié, inclusive os de alta complexidade, demonstram melhoria da qualidade da assistência. “A mudança é visível, o atendimento prestado à criança LNR de 9 anos, vítima de TCE grave por arma de fogo em 24 de agosto demonstra isto”, avalia Gilmar Vasconcelos, diretor do HGPV.
De acordo com Gilmar Vasconcelos o HGPV está estruturado para responder às demandas da grande emergência, com isto evitou o óbito desta criança e de muitos outros que já foram beneficiados com os avanços do hospital.
A criança LNR teve seu cérebro transpassado por um cano de espingarda ao se envolver em acidente provocado por ela própria, ao improvisar, de forma artesanal, uma arma de fogo, tendo a detonação lançado o cano que atingiu a sua cabeça.
“O corpo estranho metálico, com local de inserção em sentido póstero-anterior, infra para supra-tentorial deixou várias esquírolas ósseas no seu trajeto e chegou a lesar a região do trigono ventricular esquerdo, tendo ainda transpassado o tentório com trajeto anterior ao IV ventrículo e tronco cerebral”, explicou o neurocirurgião do HGPV, José Schulte.
A vítima chegou ao HGPV através do SAMU em estado grave (Escala de Glasgow 05), foi recebido pela equipe da Linha Vermelha sob os cuidados do médico emergencista Tasso Barberino e do enfermeiro Diego, os quais prestaram o atendimento de emergência e conduziu à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após isto realizou tomografia e em seguida foi encaminhada ao Centro Cirúrgico para Neurocirurgia.
O procedimento neurocirúrgico durou 2h20min, com retirada do projétil, hemóstase exaustiva, plastia dural (utilizando substituto de dura e cola biológica), recolocação e fixação do retalho ósseo com pinos de titânio e colocação de DVE + PIC, quando retornou à UTI, onde permaneceu por 12 dias, 8 sob ventilação mecânica.
Em 05 de setembro foi transferido para a Unidade Pediátrica, onde permaneceu até dia 11 de setembro sob cuidados multiprofissionais e multidisciplinares prestados por psicólogo, nutricionista, assistente social, neurologista, neurocirurgião, pediatra, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, técnicos de enfermagem, enfermeiros, dentre outros, quando saiu de alta hospitalar com consulta ambulatorial de retorno marcada para o dia 30 de setembro, com neurocirurgião.
Neste momento LNR está se reinserindo no convívio familiar e social, devido às seqüelas deixadas pelo acidente, principalmente coordenação motora e visão, que recuperou parcialmente até então.
Os pais de LNR estão muito satisfeitos com o tratamento prestado pelo HGPV ao seu filho, os quais parabenizaram os gestores pelas melhorias realizadas no hospital. “Meu filho nasceu de novo”, comemorou o pai da criança, Roberto Rodrigues.
“Esse é mais um caso inédito no HGPV e que merece ser noticiado”, disse o diretor da UTI do HGPV, Luiz Claudio Rezende.
O HGPV realiza em média 30 mil procedimentos ambulatoriais e 800 internações mensais, é um hospital de grande porte de referência estadual, pertencente à Rede Própria de Hospitais do Sistema Único de Saúde da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. - Gilmar Vasconcelos / Diretor do HGPV / Jequié
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