FORMAS DE TRATAMENTO:
Quando se fala da própria mulher, é errado aplicar as expressões "Minha Senhora" e "Minha Esposa". É pretensioso e sem cabimento algum. A mulher diz - Meu Marido - e o Marido diz - Minha mulher. As expressões "Senhora e Dona" são perfeitamente definidas. Não se diz a Senhora Fátima da Silva Leite, e sim, Dona Fátima da Silva Leite. Mas diz-se a Senhora Silva Leite ou a Senhora João da Silva Leite, isto é, "Dona" quando se usa o nome de batismo e "Senhora" quando só se emprega o nome integral do marido ou o sobrenome comum a ambos.
Nunca se pode dizer: Bom dia Dona, ou obrigada "Dona" - As expressões Dona obriga o nome de nascimento.
Pode-se dizer: "Bom dia Senhora" ou "Bom dia minha Senhora".
Não se pode dizer os João da Silva Leite e, sim, o Senhor e a Senhora João da Silva Leite, ou os Silva Leite.
- Quanto as formas de tratamento, o "Ilustríssimo Senhor" ou "Excelentíssimo Senhor", cabem para a maioria dos casos em que haja cerimônia.
"Eminência" - tratamento para Cardeal
"Monsenhor" - tratamento para Reverendíssimo Senhor ou Monsenhor Bispo
"Meritíssimo" - tratamento para Juiz
"Vossa Excelência" - tratamento para Parlamentares, governadores e prefeitos
"Magnífico Reitor" - tratamento para Reitor da Universidade
"Vossa Senhoria" - tratamento de uso comercial
"Excelência" - tratamento para Diplomatas (não necessariamente, pouco usual)
Nas classes Armadas:
- Excelentíssimo Senhor Marechal (*)
- Excelentíssimo Senhor General
- Excelentíssimo Senhor Almirante
- Excelentíssimo Senhor Brigadeiro
- Senhor Tenente
(*) O Exército Brasileiro não utiliza mais o posto de Marechal. O último foi o ex-presidente da República, João Baptista Figueiredo. Esse posto era concedido a generais que iam a batalhas e regressavam vitoriosos e, também, como prêmio a promoção.
(**) Nunca se chama um militar de comando - caso dos oficiais generais (almirante, general e brigadeiro) - apenas de senhor, pois estes tem a prerrogativa de chefe de estado.
CARTÃO DE VISITAS:
O cartão de visita faz parte dos usos e utensílios de uma pessoa bem educada. Deve ser pequeno e ter o nome da pessoa que o traz, a não ser que tenha usos diversos.
- O Casal pode ter o mesmo cartão, colocando o nome do marido acima do da mulher: ex: Sr. e Sra. Carlos de Souza.
- Quando um homem visita um casal, deve depositar dois cartões, um para cada visitado. Se o casal visita outro casal, deixará três cartões, dois do vistante e um da visitante, pois exige a etiqueta que a mulher não deixe cartão para visitado homem.
- O convite pode ser pessoal, epistolar ou telefônica. Ocorre o primeiro quando se encontra uma pessoa conhecida em casa de amigos.
- Na rua só se convida pessoas amigas e íntimas. O convite nestas condições deve ser confirmado no máximo quarenta e oito horas antes, e, na hora se deseja aceitá-lo.
- O convite por carta, deve ser respondido por carta, o quanto antes, para que a pessoa possa ter a certeza da presença do convidado.
- Por telefone, a resposta é imediata.
- Nos convites protocolares e impressos, há quase sempre as letras R.S.V.O. (Respondez, s'il vous plait). Atualmente usamos R.P.F. (Resposta por favor). Nestes convites, a resposta não deve demorar. O mais tardar, quarenta e oito horas depois de recebido.
- Não devemos deixar convites por telefone com a empregada, a um empregado de clube ou de um escritório.
- Convites feitos por um amigo comum podem ser aceitos, quando sabemos o grau de intimidade entre o anfitrião e o amigo.
- Convites para cerimônias, casamentos ou recepções de gala, são sempre impressos e não pedem respostas. Nos convites para casamento, é usual um segundo convite, que é um cartão pequeno anexo e onde se convida para a recepção, tida como mais ou menos íntima.
- Ninguém participa nascimento por escrito, a não ser para pessoa íntima e distante. O melhor mesmo é por telefone e assim mesmo para amigos mais chegados.
- Os convite mais formais e cujo envelope é maior do que o usual, devem devem ser entregues em mãos. O máximo de cortesia verifica-se quando esse convite é levado pelo próprio convidante. É uma distinção que não pode caber a todos os convidados pelo número dos convites, mas que se afirma como polidez e amizade.
- Os convites variam, segundo as circunstâncias e os motivos. As fórmulas consagradas são as preferidas. Exemplos são as palavras "honra e prazer", que são empregadas com cuidado e firme propósito.
- Havendo convite para um jantar ou recepção em honra a figura de destaque a cerimônia, o anfitrião deve prevenir os convidados para que cheguem ao encontro na hora certa. Quando este chegar, todos os demais estarão presentes para recebê-los. Os convidados devem também esperar que o homenageado se retire para fazer o mesmo. Estas regras são do mais absoluto rigor.
- Seja qual for a espécie de convite, o nome do marido sempre precede o da mulher, como cabeça, que é, do casal.
- Os cartões de agradecimento de pêsames são impressos e com palavras curtas e simples.
- Muito cuidado com o tratamento usado na carta ou cartão. Deve ser um do começo ao fim. Ou é "Senhor", "Você" ou "Tu".
- Papel de cartas terá que ser de excelente qualidade. Com o nome gravado em alto relevo, sem tinta, apenas estampado, é o máximo de discreta elegância. Para "cavalheiros" são em branco ou azul claro, para "Senhoras" em cores bem suaves.
- Papéis e envelopes pessoais nunca trazem endereço impresso. Aplica-se somente em papel comercial.
- Ao escrever a uma pessoa amiga ou conhecida, a mensagem deve ser de fácil decifração. Não ponha em cartas, algo que mais tarde venha a se arrepender.
- Toda a recusa de um convite, se feita com convicção e boas maneiras, deve ser aceita pela outra parte, não cabendo insistência. É obrigatória uma explicação, que seja verdadeira ou tenha todas as características de verdade. O simples fato de receber um convite não implica a obrigatoriedade de aceitá-lo. Não se deve deixar um convite sem resposta.
Por Maria Cândida Gonzaga Chedid -
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