Saul, que era da tribo de Benjamim, perseguiu Davi
incansavelmente, tentando matá-lo 21 vezes. A tribo de Benjamim era
representada pelo símbolo do lobo, que é mencionado em Gênesis 49:27:
"Benjamim é um lobo que despedaça; pela manhã devora a presa e à tarde
reparte o despojo." Este versículo sugere a natureza feroz e astuta,
atributos que Saul exibiu em sua busca para eliminar Davi. Saul agiu nas
sombras e de maneira traiçoeira, como um lobo, ao tentar impedir que Davi
assumisse o trono de Israel.
Por outro lado, Davi era da tribo de Judá, cujo símbolo era
o leão. Este símbolo reflete a dignidade e a força associadas a Judá, como
profetizado em Gênesis 49:9: "Judá é um leãozinho; subiste da presa, meu
filho. Ele se abaixa, ele se deita como um leão, e como uma leoa; quem o
despertará?" Essa passagem destaca a força e a autoridade que também
caracterizavam Davi. Mesmo perseguido, Davi foi protegido e guiado por essa
força representada pelo leão, e sobreviveu às tentativas de Saul de destruí-lo.
De fato, a narrativa de Davi é uma prefiguração da vitória
do "Leão da tribo de Judá", uma referência a Jesus Cristo, que é
chamado assim em Apocalipse 5:5: "Não chores; eis que o Leão da tribo de
Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos."
Jesus, descendente de Davi, é o verdadeiro e último "Leão", cujo
poder e autoridade superam todas as adversidades.
Essa história nos ensina uma lição poderosa sobre a proteção
divina: aquele que nos guarda é sempre maior do que aqueles que nos atacam. Em
tempos de dificuldade, quando nos sentimos cercados por "lobos",
podemos ter a certeza de que o "Leão" está ao nosso lado,
defendendo-nos. "Maior é o que está em nós do que o que está no
mundo" (1 João 4:4).
by Wagner Miranda
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