domingo, 11 de janeiro de 2009

Como SEMPRE acontece: Nova mordomia no Senado

Uma regalia para poucos privilegiados engordou em R$ 1,8 mil mensais o contracheque de 142 funcionários do Senado, de janeiro a dezembro do ano passado. Escolhidos entre 6,3 mil servidores para participar de 17 comissões especiais, os apadrinhados fazem um trabalho que a direção define como assunto “extra-atividade-fim” da casa.
O Senado mantém uma remuneração paralela à folha de pagamento que beneficia um seleto grupo de funcionários. Em 2008, foram criadas 17 comissões especiais de servidores para cuidar de temas variados, de inventário em almoxarifados à programação cultural. Alguns grupos funcionaram o ano inteiro e renderam a cada funcionário escalado para participar deles pelo menos R$ 1,8 mil mensais, valor bem parecido ao adicional de especialização cogitado recentemente — idéia engavetada, pelo menos até segunda ordem, pela direção da Casa, mas aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados.
No caso do adicional por participação em comissões especiais, a regalia é para poucos. Num levantamento realizado nos boletins administrativos do Senado, o Correio identificou 142 servidores escolhidos entre janeiro e dezembro passados para participar dos colegiados. A Casa tem um total de 6,3 mil servidores, entre concursados e comissionados, o que faz das vagas nesses grupos de trabalho objeto de muita cobiça interna, exigindo em boa parte dos casos a intervenção de parlamentares.

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