domingo, 15 de fevereiro de 2009

Maior temor é que desemprego vire munição para os adversários

Dentro do governo existe a avaliação de que o crescimento da candidatura da ministra Dilma Rousseff poderá ser influenciado pela evolução da crise econômica internacional. Até agora, os efeitos da crise sobre a economia brasileira não provocaram estragos na avaliação extremamente positiva do governo e do presidente Lula.

O problema é que o Planalto sabe que um eventual agravamento desse cenário internacional tende a provocar efeitos mais pesados sobre o Brasil, desgastando o governo. Auxiliares do presidente lembram que diante do quadro externo não há como evitar que ocorra crescimento de desemprego. O que Lula quer evitar é que esses indicadores se tornem tão graves que contaminem negativamente a imagem do governo e, por tabela, da própria Dilma. Mais: quer impedir que a bandeira do desemprego se torne um mote de campanha da oposição contra o governo e a ministra.

Além de incentivar a conversa de sindicatos com patrões para negociar a flexibilização de vantagens trabalhistas em troca de preservação de postos de trabalhos, o governo decidiu ampliar o alcance do seguro-desemprego. Na quarta-feira, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou que os trabalhadores que forem demitidos no período da crise econômica (a partir de dezembro de 2008) terão direito ao seguro-desemprego por um período de cinco a sete meses. Antes, o benefício era aplicado por três a cinco meses.

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