Ao comentar hoje (13), em discurso no Senado, dados do IBGE mostrando a permanência de desigualdades econômicas e sociais entre brancos e negros no país, o senador César Borges disse que o aniversário da Abolição da Escravatura não era "uma data de comemoração, mas uma data de preocupação". Ele anunciou que votará no Senado a favor do projeto PLC 180/08 que institui cotas étnicas, sociais e econômicas para o ingresso nas universidades federais e estaduais.
"Votarei a favor do projeto que cria cotas diferenciadas nas universidades, como tenho votado em outras políticas de ação afirmativa, porque sem elas, dificilmente, vamos superar as diferenças atuais", afirmou. Segundo César Borges, a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, referente a março, aponta que, na parte de rendimentos, os ganhos dos trabalhadores negros ou pardos equivalem à metade do que recebem brancos, R$ 847,71 contra R$ 1.663,88.
A mesma pesquisa, segundo César Borges, diz que, entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, a de Salvador tem a maior porcentagem de negros e pardos, alcançando 82,7%. "Constatar esta presença tão forte da cultura negra no meu estado me traz muito orgulho, mas também exige que, como representante da Bahia, venha trazer estas reflexões e cobrar políticas mais eficazes na busca de igualdade entre as etnias deste país", afirmou o senador.
César Borges também citou o Mapa da Distribuição Espacial da População Negra, publicado ano passado que relaciona as áreas de concentração da população afro-descendente com regiões ligada à produção baseada na mão de obra escrava e com portos de recepção do tráfico negreiro. "A desigualdade étnica leva à desigualdade regional, porque as regiões mais pobres são aquelas onde a parcela da população negra é mais representativa", destacou.
O senador lamentou que "haja incompreensão mesmo quando se propõe ações afirmativas razoáveis, nem um pouco radicais, como aquelas inscritas no Estatuto da Igualdade Racial, do qual tive orgulho de ser um dos relatores, aqui no Senado, ou como o projeto das cotas para as universidades públicas". Ele disse que a Bahia tem tradição de igualitarismo e foi um dos principais estados na luta abolicionista, portanto, sua posição não poderia ser diferente. [Fonte]
"Votarei a favor do projeto que cria cotas diferenciadas nas universidades, como tenho votado em outras políticas de ação afirmativa, porque sem elas, dificilmente, vamos superar as diferenças atuais", afirmou. Segundo César Borges, a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, referente a março, aponta que, na parte de rendimentos, os ganhos dos trabalhadores negros ou pardos equivalem à metade do que recebem brancos, R$ 847,71 contra R$ 1.663,88.
A mesma pesquisa, segundo César Borges, diz que, entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, a de Salvador tem a maior porcentagem de negros e pardos, alcançando 82,7%. "Constatar esta presença tão forte da cultura negra no meu estado me traz muito orgulho, mas também exige que, como representante da Bahia, venha trazer estas reflexões e cobrar políticas mais eficazes na busca de igualdade entre as etnias deste país", afirmou o senador.
César Borges também citou o Mapa da Distribuição Espacial da População Negra, publicado ano passado que relaciona as áreas de concentração da população afro-descendente com regiões ligada à produção baseada na mão de obra escrava e com portos de recepção do tráfico negreiro. "A desigualdade étnica leva à desigualdade regional, porque as regiões mais pobres são aquelas onde a parcela da população negra é mais representativa", destacou.
O senador lamentou que "haja incompreensão mesmo quando se propõe ações afirmativas razoáveis, nem um pouco radicais, como aquelas inscritas no Estatuto da Igualdade Racial, do qual tive orgulho de ser um dos relatores, aqui no Senado, ou como o projeto das cotas para as universidades públicas". Ele disse que a Bahia tem tradição de igualitarismo e foi um dos principais estados na luta abolicionista, portanto, sua posição não poderia ser diferente. [Fonte]
Nenhum comentário:
Postar um comentário