sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bairro de Jequié tem dono!!! Agora é propriedade privada!!!

Parece até piada, mas em Jequié pinta todo tipo de bizarrice.

Segundo um dos donos do condomínio que está em Áreas de Preservação Permanente (APP), "O Pindorama é mais uma vítima do Bairro São Judas Tadeu, foi que disse o empresário Gilson Brito Filho. Ele alega que a drenagem das casas que estão sendo construídas no bairro deságua dentro do Condomínio, que fica na parte baixa. A reportagem do BJM foi convidada pelo empresário e ver o que teria acontecido, percorremos o entorno do loteamento, Gilson apontou que o maior volume de água é o que passa ao lado da rádio povo, mostrou também que o muro do Pindorama caiu por que a terra cedeu quando alagou a área verde, e não por conta da contenção da parte interna do condomínio.

Gilson apontou os erros, que segundo ele, foram provocados pela falta de planejamento do Loteamento São Judas Tadeu. Ele disse que os donos do loteamento deveriam fazer a drenagem margeando a pista do anel viário, mas, as bocas de lobo foram direcionadas para a parte de trás do Pindorama, o nível da água subiu, formou uma barragem por fora, empurrou e derrubou o muro do Pindorama. “Temos um sistema de drenagem mordermo, deixamos uma área verde para dar vazão suficiente. A água que invadiu as casas e desabrigou as pessoas é proveniente do vale da Rádio Povo AM e da drenagem mal feita do São Judas Tadeu,” disse Gilson. Ainda segundo ele, as casas que foram inundadas estão construídas no leito natural da correnteza.

A empresa Gimacon e Brito Lobo acionou o setor jurídico para entra com uma ação contra o Loteamento São Judas Tadeu.
" - Fonte

Mas as verdadeiras razões para este desastre, foram as liberações de licenciamentos ambientais de:

- Aterros em loteamentos liberados nas áreas nas imediações da Radio do Povo e um lote vizinho, que também sofreu com um aterro de mais de 1,50m de altura em áreas ambientais de APPs, o que ocasionou um acúmulo de água nas saídas naturais de águas pluviais, (escoadouros).

- Em seguida, parte dos muros do condomínio foi construída na área de preservação ambiental, antigo malhador da estrada boiadeiro, sendo que em época das chuvas das águas, estas lagoas são também escoadouros que transbordam e funcionam como escoadouros naturais, o que foi barrada por parte do muro de proteção do condomínio, no seu interior, que também bloqueou um escoadouro de águas pluviais que vem do boqueirão, onde de maneira também errada, sabemos da construção de um shopping, a água vindo destas áreas, formam uma correnteza de águas pluviais que deságuam também na mesma lagoa, o que causou a derrubada de muros e entrada de água nas casas com grande volume que formou-se.

- Na parte do Loteamento Amaralina, casas e construções irregulares em áreas ambientais e um conjunto habitacional que foi construído e elevou a saída de águas pluviais próximo a FTC, bloqueando as saída natural para o Rio Jequiezinho, o diâmetro das manilhas utilizadas não foram suficiente, não dando a vazão esperada, causando assim a inundação de varias ruas e consequentemente, casas e galpões nas imediações.

Estas consequências vem de sucessivos erros de licenciamentos ambientais, que foram dados por pessoas dos órgãos ambientais que não tiveram a observância de ver que estavam emitindo irresponsavelmente licenciamentos em locais de risco na gestão anterior e que agora todos sofrem as consequências. Licenciamentos irregulares ocorreram em toda a cidade e irão causar graves problemas se as chuvas continuarem, informamos que todas estas denuncias foram feitas desde o ano de 2012 pela ONG OGTREC contra a não atuação do CONDEMA, levamos então ao conhecimento do ministério Público da cidade e nenhuma providencia foi tomada até a presente data.

Antonio Lourenço de Andrade Filho
Diretor de Defesa ao Meio Ambiente
ONG OGTREC

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