Segundo o texto do email viralizado, “Rá-tim-bum” é uma palavra mágica usada em rituais satânicos e chega a citar partes da Bíblia que nada têm a ver com a palavra “mágica” em si e sua possível “malignidade”. De acordo com ele, “Rá-tim-bum” significa “Amaldiçoo você”.
As perguntas principais são: Em que idioma significa isso? Qual povo falava isso? De onde ele obteve tais informações? Quais registros mostram isso?
Existe a teoria que Rá-Tim-Bum seja uma onomatopeia, ou seja, uma figura de linguagem, que transcreve o som dos balões de aniversário estourando. Outra versão indica que Rá-Tim-Bum é a onomatopeia de instrumentos musicais de um fanfarra ou banda de circo, mais concretamente a caixa (Rá), os pratos (Tim) e o bombo (Bum).
Existe outra teoria de que ratimbum na verdade refere-se a um rajá indiano chamado Timbum, que visitava faculdades na Índia e acabou cativando os estudantes com a sonoridade do seus nome. Como esses estudantes eram normalmente convidados a prestigiar festas de aniversário, a palavra começou a fazer parte de seus cantos.
Segundo o Jornal Pesquisa FAPESP, da USP, número 102, de Agosto de 2004 (retirado do Suplemento USP 70 Anos), o canto se descreve assim:
- O bordão “é pique, é pique, é hora, é hora, é hora, rá-tim-bum”, incorporado no Brasil ao Parabéns a você, é uma colagem de bordões dos pândegos estudantes das Arcadas da década de 1930.
- “É pique, é pique” era uma saudação ao estudante Ubirajara Martins, conhecido como “pic-pic” porque vivia com uma tesourinha aparando a barba e o bigode pontiagudo.
- “É hora, é hora” era um grito de guerra de botequim. Nos bares, os estudantes eram obrigados a aguardar meia hora por uma nova rodada de cerveja – era o tempo necessário para a bebida refrigerar em barras de gelo. Quando dava o tempo, eles gritavam: “É meia hora, é hora, é hora, é hora”.
- “Rá-tim-bum” (ou “Ratimbum”), por incrível que pareça, refere-se a um rajá indiano chamado Timbum, ou coisa parecida, que visitou a faculdade – e cativou os estudantes com a sonoridade de seu nome.
- O amontoado de bordões ecoava nas mesas do restaurante Ponto Chic, com um formato um pouco diferente do que se conhece hoje: “Pic-pic, pic-pic; meia hora, é hora, é hora, é hora; rá, já, tim, bum”.
- Como isso foi parar no Parabéns a você? “Os estudantes costumavam ser convidados a animar e prestigiar festas de aniversário. E desfiavam seus hinos”, conta o atual diretor da faculdade, Eduardo Marchi, de 44 anos, que relembrou a curiosidade em seu discurso de posse, dois anos atrás.
Sendo assim: É FARSA!
Wagner Miranda
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